IGP-DI varia 2,64% em novembro

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)  variou 2,64% em novembro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 3,68%. Com este resultado, o índice acumula alta de 22,16% no ano e de 24,28% em 12 meses. Em novembro de 2019, o índice havia variado 0,85% e acumulava elevação de 5,38% em 12 meses.

A contribuição do IPA para a desaceleração do IGP foi generalizada. Os três grupos componentes da inflação ao produtor apresentaram decréscimos em suas taxas de variação. Matérias-primas brutas (soja de 15,82% para 6,49%), bens intermediários (farelo de soja de 20,12% para 13,22%) e bens finais (combustíveis para o consumo de 3,39% para -2,43%) contribuíram para a desaceleração do IPA e, por consequência, do IGP”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 3,31% em novembro, ante 4,86% em outubro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 2,95% em outubro para 2,61% em novembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 3,39% para -2,43%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,40% em novembro, contra 2,19% em outubro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,43% em outubro para 3,38% em novembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 5,43% para 3,88%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 3,62% em novembro, ante 4,78% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 3,80% em novembro. Em outubro, a taxa subira 6,78%. Contribuíram para o movimento da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (15,82% para 6,49%), minério de ferro (0,85% para -2,68%) e leite in natura (2,63% para -4,32%). Em sentido oposto, vale citar café em grão (-5,52% para 5,10%), bovinos (5,43% para 7,53%) e cana-de-açúcar (1,44% para 3,68%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC)subiu 0,94% em novembro, após variar 0,65% em outubro. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,81% para 3,00%), Transportes (0,40% para 0,93%), Alimentação (1,69% para 1,88%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,03% para 0,18%), Comunicação (0,08% para 0,14%), Habitação (0,28% para 33%) e Despesas Diversas (0,03% para 0,09%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: passagem aérea (16,35% para 24,19%), gasolina (0,48% para 1,99%), hortaliças e legumes (3,84% para 11,58%), medicamentos em geral (-0,19% para 0,37%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,01% para 0,29%), móveis (0,31% para 0,85%) e serviços bancários (0,08% para 0,25%).

Em contrapartida, apenas o grupo Vestuário (0,21% para 0,04%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo item roupas, cuja taxa passou de 0,17% para 0,01%.

Núcleo do IPC e Índice de Difusão O núcleo do IPC registrou taxa de 0,21% em novembro, ante 0,17% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 13 apresentaram taxas abaixo de -0,03%, linha de corte inferior, e 29 registraram variações acima de 0,58%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 65,16%, 2,58 pontos percentuais acima do registrado em outubro, quando o índice foi de 62,58%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,28% em novembro, ante 1,73% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (4,15% para 2,82%), Serviços (0,27% para 0,81%) e Mão de Obra (0,26% para 0,22%).

Por Portal IBRE FGV

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